"De gênio e louco todo mundo tem um pouco."

É Augusto Cury, é clichê, não é novidade. A verdade é que todos - ou a maioria - dos gênios , de músicos a cientistas, que já pisaram na terra tinham suas controvérsias, dramas pessoais e personalidades problemáticas.

 O "mundo da moda" - e aqui uso essa expressão por falta de alguma outra que possa substituí-la, pois bem sabemos que não é possível materializar um universo de expressões artísticas - é conhecido por seus escândalos, artistas atormentados, mentes insanas. Coco Chanel já não era lá muito feliz com a vida e a história da Casa Gucci deixa muito romance no chinelo.Ultimamente vimos claramente o quanto essas mentes brilhantes podem ser controvérsias. 

Se o suicídio de Alexander Mcqueen no ano passado já nos deixou meio órfãos - eu, por exemplo, sou fã demais das criações dele - O escândalo e a saída lamentável de John Galliano da Dior abriu ainda mais espaço para discussões sobre até que ponto a genialidade é uma virtude. 

Como se não bastasse, hoje a Balmain anunciou a saída de Christophe Decarnin de sua direção criativa. O estilista que consolidou o nome da grife entre as principais da semana de moda francesa, deixa a maison por causa de problemas com depressão. Em cinco anos, Decarnin revolucionou o tradicionalismo da Balmain e, em parceria com Emmanuelle Alt, causou uma verdadeira mania no universo fashion (argh, juro que vou pesquisar expressões mais decentes). A mania era ser sexy, rebelde, durock (rs). Jaquetas de couro passaram a ser indispensáveis, assim como as caríssimas calças rasgadas, que viraram verdadeiros ítens de luxo, revelando uma intertextualidade com o que de mais sofisticado e "classudo" podia se herdar dos anos 80. O afastamento, portanto, é uma perda talvez irreparável, assim como foi a saída recente de John Galliano da Dior.

Depois da morte de Mcqueen, o impacto só não foi tão grande porque a gente tinha Sarah Burton (obrigada, querida!) Resta saber quem vai assumir a Balmain e continuar o legado de Decarnin, enquanto também esperamos respostas sobre o futuro da Dior - e de Galliano. Apostas?